bibliotecários para a sala de aula
O bom programa da rede municipal de bibliotecas alargou-se, ainda no século passado, às bibliotecas escolares.
Teve uma virtude fundamental: o financiamento adequava-se a cada projecto e o investimento era feito directamente pela escola e não pelas DRE´s ou pelos serviços centrais. Daí o seu sucesso inicial. Depois, e como é comum à traquitana do ME, transformou-se num amontoado de má burocracia. O monstro da avaliação dos professores, o tal dos mil descritores, tinha um concorrente feroz na avaliação das bibliotecas. Dá ideia que, e como não têm sala de aula, os bibliotecários aguentam tudo o que é má burocracia. Se pensarmos bem na utilidade central de uma biblioteca para o plana estratégico de uma escola ou agrupamento, nada impedirá que os bibliotecários sejam professores com actividade lectiva e que se libertem do fornecimento de informação inútil aos serviços regionais e centrais.
Este é um bom exemplo para explicar a lógica dos cortes que se estão a verificar. Em vez de se eliminar a traquitana burocrática que está montada, vai-se apenas ao elo mais fraco; com ou sem razão.