comentários e cortes
Só há pouco estive a ler os comentários aos posts dos dias anteriores. Um, do Valdemar Brito neste post, vai ao encontro de uma questão que tem sido muito discutida: os cortes nas pensões e a sua sintonia com os tesouradas nos salários. Há tempos dizia-me um especialista: se se corta nas pensões, será muito difícil repor o valor.
O que é um facto, e é o que salienta o referido comentário (corrigi uma ou outra gralha), existe uma clara injustiça: "E os pensionistas? Estou no décimo escalão (topo) e jantei noutro dia com um grupo de reformados. Quase todos se reformaram no 9º e ganham bem mais do que eu. Não devia haver uma indexação? Quando se corta a uns devia cortar-se a outros".
Tenho ideia que a situação vigente é insustentável. Não tarda, temos salários que não atingem 50% do valor de uma pensão de reforma da mesma categoria profissional e com a agravante dos profissionais no activo terem no horizonte um valor de reforma ainda mais reduzido do que o valor do salário actual.
A única opinião especializada que encontrei, foi a que li no Jornal de Negócios online, aqui. O economista Silva Lopes classifica como imoral a ausência de corte nas pensões mais elevadas. Todavia, depois espalha-se nos números dos aumentos salariais dos professores.
É, sem dúvida, um debate inevitável.