políticas de dez por cento
São demasiados os que estão fora do metabolismo da escola e que lhe querem determinar o caminho. São em excesso os que fogem da sala de aula e que estabelecem juízos sobre o que lá se deve passar.
É grave que ambos queiram transformar técnicas de ensino em instrumentos da escola-organização. Estes dois mundos tocam-se mas são de insucesso comprovado os relatos da imposição do primeiro ao universo do segundo. Para além de tudo, e se 60% do sucesso escolar fica com as famílias, 30% está reservado para a escola-organização e 10% para o ensino. Só as fatalidades inscritas no primeiro parágrafo é que levam a que febre da avaliação dos 10% seja a marca da última década. Talvez porque dos 30% pouco se saiba e dos 60% é melhor nem falar.
Quando leio, como aqui, que a pontuação das aulas observadas dos professores deve acrescentar valor à avaliação externa tenho pena da escola. A proposta é do governo e não me admira. Sobre avaliação não aprenderam e não têm remédio. Mas que o secretário-geral da Fenprof diga que sim à ideia é que já nem sei se tenho vontade de rir, apesar de sempre ter escrito que em eduquês se redigem os textos dos entendimentos e dos acordos.