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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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16.09.10, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

O comércio nos negócios da Educação não sai da cabecinha da direita dos interesses. Há quem lhe chame direita que não vê. Prefiro a designação de direita que só vê a cor do dinheiro.

 

Os arautos da revisão constitucional apontam o despesismo e o estatismo na Educação como factores de desigualdade de oportunidades. Só mostram os números que lhes interessam. Fogem a duas perguntas:

 

se quem pode mais deve pagar mais, deixamos de pagar impostos? (tropeçarão; sabemos quem foge aos impostos; e como);

admitem a privatização de lucros na escolaridade obrigatória? (tropeçarão; é claro que admitem; não pensam noutra coisa).

 

Apontam e bem o monstro burocrático do ME como factor a combater. Mas como sabemos, o "privado" que se conhece em Portugal é mais atávico ainda e o estatuto dos seus professores aproxima-os de tudo o que não se quer.

 

Avançam com os nórdicos como exemplo. É bom que se leia coisas como esta de Eduardo Manuel Marques do Rego: (...) é que em Portugal gasta-se 1.277,5 dólares por ano e por cidadão em educação, e na Finlândia 3.310,1 dólares. Para alguns é “pouco mais” mas, na minha modesta opinião, é quase o triplo! Acresce ao que foi provado que, segundo dizem, a Finlândia investe assim em educação há pelo menos cem anos e Portugal que começou há trinta anos tem agora responsáveis que acham que se deve começar a desinvestir!(...).

 

Seria desgraçado se depois destes últimos e inenarráveios cinco anos nos aparecesse pela frente um outro conjunto de tresloucados.

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