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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

4 anos depois

15.07.10

 

 

 

 

 

Nunca fiz circular por mail, ou noutro qualquer suporte, textos de alunos com erros de ortografia. Quem o faz já fica a saber que merece a minha reprovação. Também não me regozijo quando o conjunto de resultados escolares de um qualquer grupo de alunos é negativo. Ainda ontem fiquei incomodado quando fomos confrontados com percentagens acima dos 30% no abandono escolar precoce em Portugal. É uma vergonha sem limites.

 

Nos últimos dias muitos bloggers têm escrito, e bem, a propósito dos resultados mais baixos que se verificaram este ano nos exames. Naturalmente que houve uma generalizada indignação durante estes últimos anos com aquilo que se designou, e bem, por facilitismo e manipulação de dados e de políticas.

 

Recordo um parágrafo que escrevi em 2006 a propósito deste assunto. Relembro que a então ministra advogava os méritos das suas políticas, que se tinham iniciado nesse ano, nos resultados escolares de alunos que nem tinham sido alvo das mesmas. Para além da questão do tempo para se modificar resultados escolares, importa referir que cerca de 60% do sucesso dos alunos compete à família, 30% à organização escolar e 10% aos professores (por muito que isto custe a muitos excelentes professores). O tempo, sempre o tempo, lá trata da verdade.

 

"(...)Outro dia dei com a senhora ministra da educação em pleno telejornal. Apressou-se a exibir o seu regozijo com a eficácia das aulas de substituição e com o "plano da matemática": dizia, eu ouvi, que já se notam os resultados: o sucesso nos exames de matemática do 12º ano, são, este ano, prova disso. Fiquei estarrecido. É grave: se uma ministra tem este atrevimento e revela tanta imaturidade científica e pedagógica, então, meu caro leitor, está tudo explicado. É escusado dizer, mas uma semana depois a senhora ministra é desmentida por mais dados: os alunos do 9º ano nunca tiveram resultados tão fracos nos exames de matemática.(...)"

 

Aqui, Julho de 2006.

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