shirin
Depois de noutro dia ter apresentado em Cannes o "Copie Conforme", o meu realizador de culto, Abbas Kiarostami, estreou ontem em salas de cinema de Lisboa um filme que não vou perder: Shirin.
O realizador iraniano dá aqui uma entrevista sobre o tema.
Encontra aqui o resumo do filme que pode ler a seguir.
"O filme é sobre Shirin, princesa arménia, vivendo atribulados amores com o rei Khosrow e o plebeu Farhad. Só que o filme... não se vê. Mais exactamente, Shirin, de Abbas Kiarostami, filma uma galeria imensa de rostos femininos (114, para sermos exactos) assistindo a um filme cuja presença apenas adivinhamos através da banda sonora. O resultado distingue-se por uma enigmática transparência que participa, de uma só vez, do ritual e da parábola: porque sentimos o cinema como um mágico jogo de espelhos e também porque o feminino se expõe, aqui, como uma paisagem infinita de milagrosas variações (114 e todas as outras que pressentimos). Inspirando-se num poema persa do século XII, Kiarostami, o iraniano, mostra como o seu cinema está visceralmente encravado no seu país, ao mesmo tempo que participa de uma milagrosa dimensão universal."
Pode ver ainda o trailer oficial do filme.