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Há muito tempo que não concorro e nem terei de o fazer nos próximos anos. Mas se quiser tomar uma posição sobre o assunto, devo pensar nos professores que precisam de concorrer. Vem isto a propósito da desfaçatez que parece tomar conta de muitas cabeças pensadoras: como há que aplicar PEC´s em série, os concursos de professores têm de ser suspensos porque aumentam a despesa. Mas que raio de disparate. Uma coisa é discutir-se a pertinência dos concursos nacionais, outra bem diferente é afirmar que esses mecanismos de mobilidade dos professores são indutores de mais despesa financeira.
Neste momento, a DGRHE tem obrigação de realizar concursos nacionais, ou de outra divisão geográfica, num piscar de olhos. Há muito professores que estão desnecessariamente longe das suas famílias e das suas residências. E há imensos exemplos: titulares que, por via dessa titulação, foram ultrapassados por colegas menos graduados na aproximação à residência, lugares de professores que se reformaram (e infelizmente não são tão poucos assim) que estão por preencher e por aí fora. Associar tudo isto a questões financeiras e a mais contratualizações é profundamente desconhecedor. Até a concretização do concurso é feita apenas com recursos digitais. Dá ideia que há muitos a quem interessa este estado meio lamacento de colocações e de contratualizações.