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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

das cenouras e dos votos

30.05.10

 

 

 

 

 

Desculpem-me se para escrever sobre política educativa tenho de me socorrer de dados mais técnicos e duros, mas não resisto. Em 2005, o primeiro governo deste PS iniciou uma redução sem precedentes na despesa com a Educação. Um das primeiras medidas foi acabar com a redução da componente lectiva dos professores para o exercício de cargos. Quem souber fazer contas (cerce de 140 horas lectivas por escola ou agrupamento) percebe como se conseguiu reduzir em 20 mil o número de docentes necessários. Muitas mais medidas do género se seguiram.

 

Quatro anos depois, em plena crise financeira mas também em ano eleitoral, regressam em força as "escandalosas" reduções para pôr de pé um modelo de avaliação que nunca sairá do papel por manifesta inexequibilidade, duplica-se o prémio dos órgãos de gestão para impor de qualquer dos modos o modelo do director, e retira-se a componente lectiva a bibliotecários como nunca tinha acontecido antes e a coordenadores de equipas de apoio a escolas ou à coordenação de projectos. A despesa volta a disparar.

 

É evidente que agora não se pode defraudar apaniguados. Vai daí, encontraram uma solução de renovada perversidade: alarga-se a área dos agrupamentos para o tamanho mega e lá se tenta mais uma poupança à pressa mesmo que a custo do mais elementar bom senso.

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