eduquês, quase cinco anos depois
Nuno Crato é professor de Matemática no Instituto Superior de Economia e Gestão, em Lisboa. O seu livro “o eduquês em discurso directo” tem-me acompanhado durante dias: leio, reflicto, formo opinião, concordo e discordo. Inscrevem-se alguns dos aspectos fundamentais que têm feito parte do vasto património da docimologia.
Há ainda outro princípio: não se deve considerar que uma corrente pedagógica foi, em qualquer tempo, generalizada. Por aquilo que a experiência me diz, as discussões à volta das correntes passam ao lado das escolas e dos seus actores. O modo de se tentar perceber a totalidade, é considerar que cada indivíduo é uma singularidade: para o bem e para o mal.
Mas voltando ao livro, e àquilo que de mais interessante retiro, saliento uma ideia que está escrita mais ou menos assim: a educação escolar está cheia de lugares-comuns, alguns de uma gritante inadequação, com as naturais relevâncias: interdisciplinaridade como locomotiva curricular para crianças e jovens que pouco sabem ainda sobre cada uma das matérias ou que se pode aprender sem esforço e sem trabalho.