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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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on bullshit

21.03.06, Paulo Prudêncio
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“On bullshit” é o título de um pequeno livro do filósofo americano Harry G. Frankfurt e na tradução portuguesa ficará, provavelmente, como “a conversa da treta”.

Mesmo com a quantidade enorme de “bullshit” nas nossas sociedades, não há estudos profundos sobre o tema, diz o autor.

Por isso, “não existe uma teoria geral do “bullshit”, o que é paradoxal, considerando a sua ubiquidade”. “O “bullshit “ é uma ameaça mais insidiosa para a verdade do que a mentira, pois está totalmente desligado de uma preocupação com a verdade - enquanto os mentirosos podem manter uma ideia clara da verdade. O “bullshit” é objecto de uma estranha tolerância, enquanto a mentira é vista em geral sem benevolência”. “Outra das razões para o aumento do “bullshit “, é o facto da sociedade actual exigir de todos que tenhamos opinião sobre tudo, mesmo sobre aquilo que desconhecemos - o que constitui uma excelente oportunidade para “bullshit “. Neste contexto, é evidente que o mundo dos media constitui um excelente caldo de cultura “bullshit “”.

Ao escrever este pequeno texto, lembrei-me de dois factos paradoxais (até me dá vontade de rir a comparação, mas vai): um que abominava o “bullshit “ e outro que o afirma na plenitude. No primeiro caso, a obra de Fernando Gil, no segundo caso, a carta educativa do concelho das Caldas da Rainha, publicada em Março de 2006.


Paulo Guilherme Trilho Prudêncio.

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