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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

valha-nos deus para tanta obstinação; e agora?

07.03.10, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui

 

 

A jornalista do Público Alexandra Campos assina uma peça na edição impressa que não está disponível online. Li-a e fiquei enjoado com o conteúdo.

 

O secretário-geral do PS foi ao Porto, acompanhado de Isabel Alçada, falar para as estruturas locais e para professores militantes da região.

 

Sempre desconfiei que as nefastas políticas da Educação estavam muito ligadas ao chefe do governo e quanto mais o tempo passa mais essa sensação se afirma como uma certeza.

 

Para além de ficar conhecido como aqui (o primeiro primeiro-ministro - duas vezes primeiro que é como ele deve gostar - a depor numa comissão de inquérito na AR), este senhor é dono de uma prosápia e de uma obstinação que me deixam boquiaberto.

 

Já em tempos o ouvi numa entrevista radiofónica a debitar sabedoria sobre a avaliação de professores com uma falta de humildade que me deixou surpreendido. Não conhecia, nessa altura, o perfil do chefe do governo e considerei essa intervenção como uma infantilidade grosseira e passageira. Mas não.

 

José Sócrates tem todo o direito político de opinar sobre qualquer matéria, mas devia ser mais comedido quanto se mete em assuntos que não domina. Não o faz e bem pelo contrário: é atrevido, teimoso e roça a obstinação.

 

Das suas intervenções na cidade invicta transcrevo algumas. Deixou claro que a mudança no modelo de gestão das escolas foi positivo e aproveitou para citar Bill Clinton: "Nunca vi uma boa escola sem uma boa liderança". Ora, qualquer relação entre as duas coisas só pode vir da cabeça de uma pessoa obstinada e com pouco ou nenhum conhecimento da matéria. Nada a fazer: este político dá ideia de viver obcecado com a propaganda, com a imagem e de ser de um plástico muito preocupante.

 

Mais à frente fez umas afirmações sobre o estatuto e a avaliação que devem ter deixado os defensores do acordo governo/sindicatos arrepiados e arrependidíssimos. "Duas reformas que começaram por ser controversas mas já estão interiorizadas e consensualizadas". Valha-nos deus, não é?

 

Entretanto a notícia ficou online; aqui.

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