a escola-armazém começa cada vez mais cedo
As famílias dos países que fazem melhor do que nós na escolarização dedicam mais tempos às suas crianças, principalmente nos primeiros anos de vida. É mesmo uma preocupação dos seus dirigentes políticos dos domínios da Educação e das relações de trabalho.
Em Portugal é uma coisa preocupante. Enquanto a realidade se vai configurando em sentido contrário ao mais humano e sensato, os nossos dirigentes assobiam para o lado e não se lhes ouve uma única palavra sobre o assunto.
A anterior ministra da Educação era a desgraça que se sabe e de Isabel Alçada já se ouviram umas ideias, no mínimo, surpreendentes: na inauguração de um centro escolar, no Minho, salvo erro, referiu-se ao modelo em causa como uma solução do futuro: faltou saber se a referência era para o armazém, se apenas para as instalações ou se estava a pensar no alargamento exponencial de famílias pobres.
Quase um terço das crianças passa mais de 9 horas por dia nos infantários
"Quase um terço das crianças portuguesas passa mais de nove horas por dia nas creches e a esmagadora maioria ocupa parte do tempo a ver televisão em jardins de infância, segundo um estudo da DECOhoje divulgado.
O inquérito feito a pais de crianças entre um e cinco anos, publicado na revista Proteste, mostra que para a maioria dos progenitores o horário dos estabelecimentos é adequado, embora um em cada cinco deseje que as suas portas fechem mais tarde.(...)"