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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

esbanjar em ano de eleições

19.02.10, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui

 

 

 

Em 2008 as dúvidas em relação ao nosso défice orçamental oscilavam entre dois números: 2, 4 e 2,6 por cento. Em 2009 a incerteza instalou-se no seguinte intervalo: 8 e 10 por cento.

 

O que é que se passou em apenas doze meses para que a derrapagem atingisse estes valores?

 

Aumentos salariais? Não, sabe-se que não. Houve aumentos, 2,9 em média, mas a causa está longe de se esgotar aí. 

 

Então, que raio é que se terá passado? Injecção de capital em bancos falidos, lufadas de oxigénio em empresas sem mercado, reanimação da economia nacional, abaixamento drástico da capacidade para arrecadar impostos e reforço da segurança social. Ao que me dizem, algum deste oxigénio (ou dióxido de carbono, depende do parâmetro) societal era imperativo.

 

Se olharmos para a crise financeira que se abateu sobre o mundo ocidental, temos que aceitar a inevitabilidade de alguns gastos. É compreensível. Mas devo confessar que me espantaram duas coisas: o volume e o ritmo das despesas e a surpresa com o défice que se atingiu. Mas, e afinal, estávamos à espera de quê?

 

Entre as matérias que referi, e se começarmos por pensar nos inusuais (foram os únicos nos últimos anos) aumentos salariais, podemos suspeitar que só se esbanjou assim porque o ano era de eleições e o movimento de roda livre agradou à finança descontrolada e à oposição que aspira governar.

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