desconcertante
O Ionline publica, aqui, uma entrevista a Paulo Rangel. As suas ideias sobre Educação são no mínimo desconcertantes. Oscilam entre o discurso que, felizmente, se vai tornando consensual no combate ao eduquês até a um conjunto de ideias recheadas de um atavismo surpreendente para os tempos que correm, uma vez que se afirma defensor de uma espécie de regresso ao saber escrever, ler e contar - back to basics -. Neste domínio exige-se muito mais.
É fácil ser-se consensual na recuperação da ideia de ensino, de autoridade, da transmissão de conhecimentos e de centralidade nos conteúdos (e não no aluno), mas se não se tiver esse conjunto de pressupostos bem estruturado e sistematizado o discurso pode resvalar para o mais banal e desfocado dos conservadorismos.
Recupera os resultados dos alunos na avaliação de professores, embora, e muito naturalmente, se perca um bocado quando tenta racionalizar a coisa, afirmando que é preciso tempo para um objectivo desses e tem toda a razão.