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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

não, não fui nomeado; fui eleito

14.02.10

 

 

 

Foi daqui

 

 

 

Considero-me razoavelmente informado. Ouço rádio, leio livros, vejo alguns programas de informação nos canais de televisão, é raro o dia em que não leio a edição impressa do Público e consulto diariamente vários sítios na internet, quer de jornais online quer de blogues.

 

Quem acompanha este blogue sabe do meu posicionamento ideológico e conhece bem o que penso das políticas educativas perpetradas pelo anterior governo.

 

Não sinto a mais leve necessidade em ler uma qualquer escuta telefónica por mais sensacionalista que seja o anúncio do seu conteúdo - não, não comprei o Sol -.

 

Tenho escrito sobre a desconfiança política em relação ao núcleo duro deste governo e bastou-me ver um ou outro jornal de sexta da TVI para não perder mais um minuto com aquele género de programa de televisão (ia a escrever jornalismo). E por falar em televisão, devo escrever que vi a entrevista na RTP de Armando Vara e que fiquei esclarecido, se é que tal era necessário, quando o senhor afirmou que o empresário Godinho foi ao seu escritório no BCP perguntar pela morada da EDP na capital.

 

Não sei se é da idade, e apesar de continuar um optimista invencível, mas observo-me num registo algo céptico em relação à capacidade da natureza humana para manter um elevado registo ético que abranja a maioria dos cidadãos. Também devo dizer que não tenho pachorra para a facilidade, e com sucesso garantido, com que se anuncia a desgraça - que pode nunca acontecer que não há qualquer problema de credibilidade para o anunciante - e que tem como expoentes máximos Pulido Valente e Medina Carreira.

 

Sou também da opinião que a inveja não pode ter as costas tão largas assim para que não se possa criticar os salários chorudos dos administradores das empresas públicas, jovens golden share ou não, ou de tanta outra malta que anda por aí a contribuir de forma determinante para o défice orçamental ou para a subida da despesa pública.

 

Não gosto de viver num país que chama ditador e encobridor de amigos corruptos ao seu presidente da República ou ao primeiro-ministro e que está há não sei quanto tempo a colocar em causa o carácter do procurador geral da República e do presidente do supremo tribunal de justiça (PSTJ), só porque eles não dizem o que uma parte do país, e da comunicação social, quer.

 

Vi a entrevista do PSTJ na SIC generalista no mesmo dia em que foi entrevistado na RTP. Já nem vi a segunda. Quero acreditar que o senhor fala verdade. Registei um detalhe extremamente importante.

 

A jornalista Clara de Sousa conduziu a entrevista com muito profissionalismo e a certa altura perguntou ao senhor PSTJ:

 

"O senhor foi nomeado?".

 

O senhor PSTJ respondeu com satisfação:

 

"Não, não fui nomeado; fui eleito pelos meus pares".

 

 

Faz toda a diferença, como se sabe. Nesta e em todas as outras situações.

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