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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

europa ao fundo?

03.02.10, Paulo Prudêncio

 

 

Foi daqui 

 

 

Pelo que vou lendo há uma diferença entre Obama e os políticos europeus no modo de combater a hecatombe financeira. Enquanto o primeiro taxa os mais endinheirados, não dá folga aos salários estratosféricos e não tem contemplações nem com os bancos nem com as seguradoras que receberam fundos astronómicos anti-crise, os segundos fazem todos os esforços para manter a receita que nos levou a este estado de "desespero" financeiro.

 

Mas mais: os segundos não desistem em branquear as origens do caos e apenas apontam para a classe média, ainda em idade de exercício profissional, como a pagadora da despesa.

 

Em Portugal a coisa também não podia acabar bem. Basta recordar a chuva de milhões que se instalou nos negócios BCP e BPN, por exemplo. Foi tal a injecção de euros no pós-crise, que é fantástico como alguém ainda se consegue espantar com a situação de derrapagem nas contas públicas. Mas se apareceu tanto dinheiro para cobrir as quantias em falta, é caso para perguntar: onde está o capital deglutido nos negócios sem regulação?

 

 

Risco da dívida portuguesa dispara para valor recorde

 

"O custo de subscrever a protecção para um eventual incumprimento da dívida portuguesa disparou hoje para o valor mais alto de sempre, com os Credit Default Swaps sobre obrigações de Portugal a registar a maior subida do mundo.

Depois de ter tocado nos 196,2 pontos, os dados da Credit Market Analysis revelam que os Credit Default Swaps (instrumento de cobertura do risco da dívida, ou contratos de resseguro contra as perdas financeiras de empresas ou bancos) para as obrigações com maturidade de cinco anos estavam às 17h45 a subir 17 por cento para 195,8 pontos.(...)"

 

 

 

"Estou aliás convencido de que, quando forem conhecidos os dados mais actualizados da gestão orçamental de outros países, mesmo países importantes da União Europeia e da zona euro, vamos encontrar surpresas que provavelmente não nos colocarão muito mal nesta matéria."


 

 

João Ferreira do Amaral,

economista, conferência "OE em análise"

na Ordem dos Economistas,

03-03-2010

Fonte: Público online

 

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