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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

sem ilusões

09.12.09

 

 

Foi daqui.

 

 

 

Quem está nas escolas não pode deixar de reconhecer a degradada atmosfera relacional que se instalou. Devem ser muito poucas as escolas onde isso não aconteceu. Este estado lastimável, mais ou menos visível, mas latente e inaudito, é muito difícil de reparar. Vão passar anos, e talvez só numa próxima geração de professores, até que se consiga atenuar as clivagens que se foram verificando.

 

E podemos apontar esta ou aquela "adesivagem" - como agora se diz - ou ficarmos indignados com os oportunismos mais descarados. Isso é, foi e será sempre assim. O que nunca se esperou, é que os desígnios propagandísticos de um governo atingissem tal grau de desrespeito pelo poder democrático da escola pública. E essa responsabilidade tem nome: o actual primeiro-ministro e o partido político que o suporta.

 

 

A face oculta do "milagre"

 

"O estudo é da "Data Angel Policy Research Incorporated" e foi apresentado na semana passada na Gulbenkian, em Lisboa. Revela que apenas 1 em cada 5 portugueses é capaz de ler e compreender o que lê de modo a dar resposta a problemas concretos, isto é, que apenas 20% dos portugueses possuem o nível médio exigível de literacia, o que constitui o resultado mais baixo entre todos os países analisados. A notícia não surpreende ninguém, a não ser quem acreditou (ou quis acreditar) no assombroso "milagre educativo" propagandeado pelo anterior Governo, provando aquilo que os criticados "bota abaixistas" vinham dizendo: que o facilitismo educativo pode melhorar artificialmente as estatísticas e povoar o país de diplomados de aviário com computadores "Magalhães" debaixo do braço, mas que ter um diploma não significa necessariamente saber ler e compreender o que se lê (se calhar nem sequer ler e compreender o que diz o próprio diploma). A opção do Governo Sócrates pelas aparências propagandísticas num sector estratégico como o da Educação é uma pesada factura que o país irá pagar durante muito tempo."

 

Manuel António Pina.

 

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