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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

do fenómeno santo onofre

01.12.09

 

Foi daqui.

 

Os professores não se podem queixar muito da duração desta luta a partir do momento em que 80.000 entregaram uns mistificadores objectivos individuais uma semana depois de 120.000 se terem manisfestado com a mais comovente das veemências. É assim a natureza humana. Mas os 40.000 que resistiram, e que em alguns casos sofreram dissabores, viram uma quase unanimidade dar-lhes razão e conseguem que os justos benefícios se apliquem a todos. Vai ser decretado o fim do monstro burocrático da avaliação.

 

Recordo-me do concurso para professor titular, onde uma minoria tentou a "desobediência civil" da não participação num processo com critérios injustos, e em que apenas uma ou duas dezenas se decidiu pela não candidatura. Pois foi: uma ou duas dezenas, estou seguro disso. E quase ninguém acreditava, mas o mais difícil dos objectivos está derrubado. E não me venham com a excrescência de quem lutou mais ou de quem batalhou menos: se foram os titulares ou os sem título: vimos, e como habitualmente, de tudo e em ambas as categorias, embora o reposição da equidade contemple todos.

 

O processo da gestão escolar tem, naturalmente, contornos semelhantes. Foram poucas, muito poucas mesmo, as escolas ou agrupamentos que ficaram para o fim. Restou-lhes o isolamento. Algumas até se tornaram em "bastiões" da resistência, como foi o caso de Santo Onofre. Mas, e neste caso que conheço bem, quase nada foi concertado. O fenómeno Santo Onofre obrigaria a um extenso relambório que não cabe neste formato. O que se registou, nos últimos meses, foi uma fragmentação das posições. O agrupamento tem onze escolas e mesmo na escola sede não pensam todos do mesmo modo. O processo neste agrupamento teve ontem mais uma etapa com o método concursal/eleitoral para a escolha do director. Não se conhece ainda a visão estratégica e prospectiva do projecto vencedor nem tão pouco a composição do órgão de direcção e existe ainda o decurso de uma luta jurídica iniciada pelo Conselho Executivo destituído em Abril de 2009. Temos de aguardar.

 

Mas a gestão escolar tem também desenvolvimentos em sede de negociação entre o governo e os sindicatos. Espera-se, a exemplo das outras matérias, que se encontrem soluções para que o poder democrático da escola pública não continue, também comprovadamente, pelas ruas da amargura. E já se sabe: o que quer que se venha a decidir, será para benefício de todas as escolas.

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