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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

gostei das palavras, espero pela acção

15.11.09, Paulo Prudêncio

 

Foi daqui.

 

A nova ministra da Educação não foge às comparações com a sua antecessora; é inevitável. Isabel Alçada é afável, simpática, conhece as escolas e as salas de aula e tem um discurso que enaltece a profissionalidade docente. É reconfortante comparar com o discurso anterior e verificar que desta vez não temos uma ministra disposta a perder os professores para ganhar o lumpen.

 

Não parece ser uma burocrata pura e dura, com as vantagens e as desvantagens dessa impressão: não se deve esperar um rasgo, ou um grande conhecimento, na necessidade de destruir o muro de burocracia que asfixia o ensino e se se olhar para o mar de grelhas em que navegam as bibliotecas escolares, e o tal de plano nacional de leitura, é caso para pensarmos que nesta matéria vamos ter mais do mesmo, provavelmente de modo inconsciente e sempre com sorriso desconhecedor a ajudar a abrir mais uma resma de papel.

 

É óbvio que fiquei convencido que haverá alterações significativas nas matérias mais mediatizadas.

 

Que me desculpem os meus colegas, mas quando ouço um governante dizer que 80.000 entregaram objectivos, ou que 49.000 foram avaliados - ou como foi o caso de Isabel Alçada, que referiu que 6.000 entregaram não sei o quê de ontem para hoje -, não me venham com a ladainha que os sindicatos e os movimentos são isto e aquilo ou que os partidos políticos só querem não sei o quê. Uma semana depois de 120.000 professores "invadirem" a rua, 80.000 entregaram objectivos. Não esqueçamos. Só por isso é que ainda temos de ouvir coisas híbridas. É certo que vencemos na maioria dos assuntos, mas foi necessário um extremo sacrifício de uns quantos e um longo espaço temporal.

 

Adenda às 22.24: foi importante Isabel Alçada ter afirmado que vai fazer alterações nos horários dos professores. Aguardemos.

 

Tem aqui a opinião de Ramiro Marques; aqui a de Miguel Pinto; aqui a de Helena Feliciano.

 

Tem aqui um vídeo com a entrevista.

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