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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

ele há liberalismo e liberalismo

07.11.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Stuart Mill

 

 

 

 

Keynes

 

 

"Ele há liberalismo e liberalismo; aqui.


Dizendo não saber o que é o neoliberalismo relembram os novos liberais (editorial do Público) que Keynes era um liberal da cepa anglo-saxónica de Adam Smith ou Stuart Mill. O curioso é que desta forma fica mais claro o que o ‘neo’ está a fazer em neoliberal. Serve exactamente para vincar que existe um liberalismo contemporâneo que nada tem a ver nem com Keynes, nem com Smith, e muito menos com Mill e tudo tem a dever a Mises, Hayek e Friedman. Um liberalismo (neo) que só se incomoda com o poder quando é político (e apesar de tudo sujeito a escrutínio democrático) e fecha os olhos a poderes privados hoje por vezes mais poderosos do que os primeiros (que se eximem de prestar contas a quem quer que seja).

 

Um liberalismo que não se opõe a ‘associações de capitais’ com poder bastante para fazer de todos nós reféns, merecia pior do que um ‘neo’ para vincar a diferença relativamente à venerável tradição de que se quis apropriar. ‘Associações de capitais’ a quem temos de pagar para continuar a ter emprego? Não vale a pena perguntar a Smith ou Mill o que achariam disto se cá viessem abaixo outra vez, eles deixaram escrito."

 

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