haja pachorra
Estou longe de desistir desta luta antiga e muito difícil que é a defesa da escola pública de qualidade para todos e do seu poder democrático, mas confesso que passo por uma fase de enjoo principalmente quando, e por dever de ofício, tenho de estar atento à agenda mediática na área da Educação. Já não há paciência para tanta manipulação e para o seu necessário jogo de sombras.
A agenda do país, ontem e em plena crise grave, tinha três vectores principais: o emprego, o desemprego e, pasme-se meu caro leitor, a avaliação dos professores. Ou seja, aquele amontoado de indicadores imensuráveis que foi inscrito numas grelhas inventadas por tecnocratas febris, consegue transformar-se numa espécie de co-incineração da primeira década do Século XXI e garante ao chefe do governo a jubilada encenação do ar mais-do-que-determinado.
E enquanto a atmosfera escolar se vai degradando longe dos salões e dos corredores onde se esgrime o póquer e o bridge das palavras vãs, resta-nos continuar firmes e hirtos na defesa da razão e esperar que os reanimados sindicatos de professores se entendam com a nova ministra da Educação que prestou umas primeiras e eduquesas declarações.
Apesar de tudo, a coisa promete.