a realidade/parte II
27.05.04
DIA DE HOJE Ó dia de hoje, ó dia de horas claras Florindo nas ondas, cantando nas florestas, No teu ar brilham transparentes festas E o fantasma das maravilhas raras Visita, uma por uma, as tuas horas Em que há por vezes súbitas demoras Plenas como as pausas dum verso Ó dia de hoje, ó dia de horas leves Bailando na doçura E na amargura De serem perfeitas e de serem breves. Poema da Sophia de Mello Breyner Andressen.