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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

das bandeiras/parte II

01.11.09
 

 

Sempre me confundiu a ideia de pátria. Um mal ou um bem necessário? Será que os homens têm sempre que encontrar um meio que os divida? Ou será uma necessária ideia de aglutinação? Seria possível a ideia de rebelião sem a ideia de pátria? Nunca fui capaz de querer mais a alguém em função da sua pátria de nascimento ou de adopção. Nunca me pareceu superlativo.
 
Isto pode parecer ingenuidade, eu sei, pode parecer um total desconhecimento da natureza humana, eu sei, mas eu também sei que não consigo passar sem o sonho de um mundo sem fronteiras. Já conhecem a retórica. Isto vem a propósito da proliferação de bandeiras neste momento de ascese futebolística: a coisa eterniza-se e inunda a paisagem portuguesa.

Qual é o verdadeiro significado de tudo isto? Ouço dizer que os povos verdadeiramente orgulhosos (britânicos, franceses, alemães, norte-americanos, etc) cultivam o hábito. Que seja. Chegados a este ponto, não resisto a citar-vos o parágrafo de uma das minhas leituras, –o tal que referi na parte I:
 
Parece que certas realidades transcendentes emitem em torno de si radiações a que a multidão é sensível.
É assim que, por exemplo, quando se dá um acontecimento, quando na fronteira está um exército em perigo ou derrotado, ou vitorioso, as notícias bastante nebulosas que dele chegam e de que o homem culto não sabe retirar grande coisa, provocam na multidão uma emoção que o surpreende e na qual, depois de os especialistas o terem posto ao corrente de verdadeira situação militar, ele reconhece a percepção pelo povo daquela “aura” que rodeia os grande acontecimentos e que pode ser visível a centenas de quilómetros”".
 
O que será que está para acontecer?
 

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