balanço de certezas
(encontrei esta imagem aqui)
Não se aceitam mitigações com os direitos humanos: têm de ser todos e já. Com a democracia deve passar-se o mesmo.
Durante os últimos quatro anos conversei com muitos militantes e simpatizantes do partido político que suportou o actual governo: uns mais indefectíveis do que outros.
Houve uma constante que me surpreendeu e que me chocou, confesso. A ligeireza com que defendiam soluções menos democráticas para os processos de gestão escolar chegou a arrepiar-me. Mesmo a solução encontrada, que se encontra em vigor e que se tenta impor, parece inspirada no regime iraniano e no já célebre "conselho de guardiães".
Podem advogar com a ideia da nossa democracia ser recente ou com os tiques naturais das maiorias absolutas, mas, e muito sinceramente, não esperava que o partido socialista português estivesse impregnado de tanta hesitação na consolidação da democracia.
É preciso estar mesmo no "terreno" para perceber o modo como o poder democrático das escolas foi relegado para o nível mais baixo das prioridades.