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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

e mais uma vez nem uma palavra sobre a gestão escolar

03.07.09

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

Manuela Ferreira Leite promete mudar tudo na Educação caso vença eleições

 

"A presidente do PSD prometeu hoje mudar os estatutos do aluno e da carreira docente, o sistema de avaliação dos professores e aliviar a carga burocrática a que estão sujeitos, caso vença as eleições legislativas.

Esses quatro compromissos farão parte do programa eleitoral social-democrata, anunciou Manuela Ferreira Leite, em declarações aos jornalistas, em Lisboa, a meio de uma reunião sobre educação enquadrada no Fórum Portugal de Verdade do PSD.

“No nosso programa não poderemos deixar de contemplar a alteração destes quatro aspectos que estão a paralisar o sistema, estão a torná-lo inviável, desmotivador da acção dos professores”, declarou.(...)"

 

 

Mas o que é que significa mudar tudo? Não adianta anunciar cosméticas de última hora e ao sabor da oportunidade mediática para convencer quem quer que seja. Os professores têm memória e não ouviram uma só palavra de apoio desta organização política nos momentos mais difíceis da sua justa luta: quando estavam quase isolados e tinham quase tudo contra eles.

O problema é de convicção e de agenda política. Sabe-se que o PSD é favorável à divisão da carreira dos professores e que não tem nenhuma proposta concreta em relação à avaliação. É evidente que é redundante e óbvio afirmar que o modelo de avaliação é um monstro burocrático: isso sabe-se há ano e meio e até o próprio governo o admite.

 

E sobre a gestão escolar o PSD nada diz. O estatuto e a avaliação são de um injustiça brutal para os professores, mas a modelo de gestão que se quer impor é o mais nefasto para o poder democrático das escolas. Esta constatação já nem carece de mais demonstração. Mas sabe-se que o PSD ouve a tal de FNE que é uma defensora acérrima de um modelo de gestão que reúne todas as condições para que esta organização receba mais uma valente tonelada de euros proveniente do próximo quadro europeu de apoio. Basta passar pelos mais variados blogues de professores para se verificar a desconfiança generalizada sobre a posição desta organização política que, e a poucas semanas das eleições legislativas, tem o desplante de afirmar que está ainda a estudar os assuntos. Estiveram quatro anos a dormir? Os professores é que não.