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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

evidente

02.07.09, Paulo Prudêncio

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

César pondera 'tirar' faltas da avaliação dos professores

 

 

"O presidente do Governo Regional avocou a decisão de determinar qual vai ser, afinal, o ‘peso’ do item relativo às faltas justificadas dos professores na grelha de pontuação para avaliação do desempenho profissional dos docentes. 
Ou seja, Carlos César chamou a si a responsabilidade de resolver esta questão, que tem merecido forte contestação por parte de professores e sindicatos representativos da classe na Região. Em causa está o facto da grelha elaborada pela Secretaria da Educação e Formação considerar que as faltas dadas por assistência a filhos menores e/ou portadores de deficiência e/ou de doença crónica, por doença e doença prolongada (do próprio docente), para prestação de provas de avaliação por trabalhador-estudante, licença sabática e equiparação a bolseiro, prestação de provas de concurso, falecimento de familiar e exercícios de direitos ou cumprimento de obrigações legais contam para ‘nota’ da assiduidade dos professores. Algo que fora já, nesta legislatura, expurgado do Estatuto da Carreira Docente na Região.(...)"

 

Para além da injustiça subjacente ao facto de alguns tipos de faltas de professores serem alvo de uma penalização absurda, existe também a questão pedagógica que deve ser considerada num qualquer sistema que pretenda avaliar professores. 

 

Embora os critérios de eficiência - pontualidade, cordialidade, expectativa, etc. -  da actividade docente possam influenciar a eficácia da mesma, sabe-se que não é pelo somatório das aulas dadas que se pode concluir da qualidade do ensino de cada um dos professores. Essa lógica aritmética contribui para reduzir a actividade dos professores a uma sequência muito mecanizada e que passa a ser controlada pela certificação burocrática; e isso é grave.

 

As faltas dos professores devem sofrer as penalizações previstas no regime de faltas do estatuto da carreira mas não devem ser consideradas num sistema de avaliação, muito menos num que inclua pontuações e escalas. É um parâmetro perfeitamente desprezível.

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