repetentes
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Sampaio considera que pode ser necessário um Governo de Bloco Central
"Jorge Sampaio considera que, após as eleições, e em nome da “estabilidade” do país, pode ser necessário criar um Governo de Bloco Central. Em entrevista ao “Diário Económico”, o ex-presidente da República recorda também os méritos que esta coligação conseguiu entre 1983 e 1985, por ter “mais solidez” que outras soluções pós-eleitorais.
De acordo com o socialista, esta forma de governação já se mostrou eficaz na resolução da crise económica e financeira da década de 80. Ainda assim, faz questão de sublinhar que o Bloco Central não deve ser confundido nem colocado ao serviço de um “bloco central de interesses”, pois seria “maléfico para a vida política, económica e social”."
O ex-presidente Jorge Sampaio advoga a possibilidade de Portugal ter de recorrer de novo a uma solução de bloco central a exemplo do que ocorreu na década de oitenta do século passado e que desembocou em duas maiorias absolutas do PSD que tanto consumiram a afirmação da democracia portuguesa segundo as opiniões políticas do, na altura, candidato a primeiro-ministro pelo partido socialista - exactamente Jorge Sampaio -.
Mas desta vez, Jorge Sampaio tem o cuidado de referir a necessidade deste bloco central não ser o tal dos "interesses". Não sei como é que isso se faz e pergunto-me: utilizam-se outras pessoas?
No que às políticas educativas diz respeito, só consigo olhar para o bloco central como a continuidade das desastrosas soluções que nos desgovernam desde 2001, sempre abençoadas pela actual presidência da República, e que só podem ser alteradas sem a presença de um qualquer bloco central que tenderia a abrir caminho a maiorias com tiques ainda mais absolutistas do que as do final do século vinte. É o que há muito se sabe: a democracia dá muito trabalho e as soluções demasiado centrais são, normalmente, de vistas curtas.