professor bartleby (2)
(encontrei esta imagem aqui)
"Na sua intenção mais profunda, a filosofia é, de facto, uma firme reivindicação da potência, a construção de uma experiência do possível enquanto tal. Não o pensamento, mas a potência de pensar; não a escrita, mas a folha cândida é o que ela, a todo o custo, não quer esquecer."
"Bartleby, Escrita da Potência",
"Bartleby, ou Da Contingência" seguido de "Bartleby,
O Escrivão de Herman Melville" de Giorgio Agamben,
edição de Giogio Agamben e de Pedro A. H. Paixão,
da colecção "disciplina sem nome",
Já dei conta, no professor Bartleby (1), que pode ler aqui, da associação que fiz entre a posição de luta, contra as nefastas políticas do actual governo, de muitos dos professores portugueses e a personagem Bartleby construída pelo genial Herman Melville.
Ora a escrita da potência centra-se nessa infinita possibilidade de alguém dizer um dia: "preferiria de não" ou mesmo "prefiro não". Não só pensar mas a potência de pensar. Não a escrita de um qualquer relatório ou grelha "Kafkiana", mas a livre capacidade da candura da folha ou mesmo do porta-folhas.