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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a avaliação e os concursos

03.03.09

 

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Há tempos, as pessoas que ocupam as pastas governativas no ministério da Educação tiveram a ideia de que aquela coisa a que chamaram avaliação dos professores contratados tivesse influencia directa nas listas graduadas do concurso seguinte:

 

5 valores para o excelente, 4 valores para o muito bom e 3 valores para o bom; ou seja, cada um dos professores poderia ter a sua classificação profissional acrescentada de um conjunto de valores que podia chegar a mais ou menos 33% da classificação inicial, veja-se lá (por exemplo, uma classificação profissional de 15 valores poderia ser acrescentada de 5 valores no caso do professor obter um excelente; passaria para 20 valores num só ano). Está tudo explicadinho ao detalhe para que os mais curiosos que vão passando por aqui percebam melhor o disparate que estavam a cometer.

 

Claro que o processo foi por água a baixo mas, como logo se percebeu, voltaria logo que possível; nem que seja pela "calada da noite" e no meio de ruídos vários.

 

É, no mínimo, demasiado atrevido que alguém equacione que os resultados da suposta avaliação em curso no presente ano lectivo tenham efeitos, como os que descrevi, no concurso de professores do ano seguinte. É um perfeito desrespeito e, estou convencido disso, uma manifesta ilegalidade se se considerar a existência de cotas. E tenho pena, muito sinceramente, que tenhamos chegado a este estado de falta de lucidez; é muito grave o que se está a passar: os governantes fazem tábua rasa dos mais elementares princípios de rigor em nome da sobrevivência dos seus comprovados disparates; e fazem-no com teimosia e displicência. Nem sei onde vamos parar: ai não sei não.