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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

cartão

27.02.09, Paulo Prudêncio

 

(encontrei esta imagem aqui)

 

 

 

Fiz um comentário, a propósito de uma interessante discussão noutro blogue, aqui, e resolvi transformá-lo em post.

 

O tema em debate relacionava-se com um texto publicado aqui e que relata uma situação que me impressionou: fome no seio dos alunos que frequentam escolas em Portugal.

 

Escrevi mais ou menos assim:

 

lembrei-me de uma ocorrência a que assisti ontem na minha escola: um professor, pessoa que conheço há mais de 20 anos e que é um enorme profissional, que foi "humilhado" nos critérios para professor titular e que entretanto - e tanta é a saturação - já meteu os papéis para uma reforma com forte penalização, dizia, com a mais absoluta discrição, para uma das funcionárias do bloco onde ambos damos aulas:

 

vá, se faz o favor, com o meu cartão electrónico (sim, que na minha escola há cartão electrónico desde quase o século passado e não se continua à espera do anulado concurso que o actual ministério da Educação promovera para as escolas todas (mesmo para as que têm um sistema equivalente a funcionar há anos) em sinal do mais absoluto centralismo democrático e desnorte financeiro - e decerto que haveria uma dispendiosa cerimónia de celebração da ideia e depois do projecto e depois do... -) e compre uns lanches para dois alunos meus que quase não comeram hoje e que estão a desfalecer.

 

Mas, e como disse a ainda ministra da Educação, não é importante perder os professores desde que se ganhe a opinião pública. O que nos vale é que muitos dos professores preferem perder a ministra, e muitos dos encarregados de educação, e continuarem com os seus alunos. Tem sido assim ao longo de anos, como se sabe.

 

Mas que é precisa muita paciência, lá isso é.

 

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