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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

falar por falar

09.02.09, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

 

Bem sei que este modelo de avaliação do desempenho é um eixo fundamental do programa do governo; até nem sei se já houve necessidade de se convocar um conselho de ministros extraordinário para encontrar um solução para a escalada do desemprego, para o caso BPN, para o caso BPP ou para a grave crise social que se adivinha, mas aconteceu para o modelo de avaliação de professores e com três ou quatro decisões estratosféricas que conseguiram deixar tudo ainda mais complicado, se é que isso ainda era possível. Mas foi: por isso o tal de conselho de ministros extraordinário, para conseguir algo fora do normal.

 

E isso contagia. Não há português que se preze que não sentencie sobre o assunto. Vi, noutro dia, uma entrevista ao presidente do Banco Espírito Santo que a certa altura diz mais ou menos assim: "é, o buraco do BPN é grave e os auditores têm de avaliar bem o trabalho dos bancos; nós, nos bancos, temos de nos habituar a isso, por muito que nos custe; olhe, é como com os professores, eles não querem mas tem de ser, bem, mas eu não percebo nada disso..."

 

Não percebe mas disse.

 

Leio hoje no jornal Público uma entrevista ao reitor da Universidade Aberta que é simultaneamente o coordenador dos novos programas de língua portuguesa para os três primeiros ciclos do ensino básico. A páginas tantas o senhor reitor diz que os professores não querem é a avaliação, afirma que se apresentarem um novo modelo aos ditos, os fulanos vão logo exigir mais outro e por aí adiante. A jornalista diz-lhe: "mas os professores exigem ser avaliados na componente científica o que não acontece com o presente modelo". "Ai sim? então tem de ser revisto." diz o senhor reitor.

 

Outro que não leu mas que sabia bem do que falava.

 

Haja paciência.

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