o rigor das gramas e o processo de bolonha
26.04.06, Paulo Prudêncio
Comecei a ler e nem queria acreditar: a Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto pode vir a ficar de fora do processo de Bolonha, para o próximo ano lectivo, porque a sua candidatura atrasou-se. Até podia ter-se protelado, mas o inesperado que o jornal público faz notícia, hoje, dia 25 de Abril de 2006, diz que o pretexto para todo estes transtorno, relacionou-se com mais ou menos 500 gramas. E passa a explicar: a reitoria da Universidade tinha uma data limite para enviar a numerosa papelada com a candidatura, mas o volume do processo ultrapassava, nas ditas 500 gramas, os dois quilogramas que estão internamente estabelecidos como o peso máximo das encomendas; vai daí, a funcionária responsável pelo procedimento resolveu voltar para trás, no registo e no envio, via CTT, e causou toda esta perturbação. A jornalista que descreve este espantoso acontecimento, chega a conversar com dirigentes da universidade, tendo um deles proposto o seguinte: dever-se-ia ter separado o processo em dois, um para a licenciatura em ciências da educação e outro para a licenciatura em psicologia, e assim nenhum deles ultrapassaria os dois quilogramas. Coitada da funcionário que exerce a sua actividade numa instituição como esta. Esta nem Sua Excelência, mesmo nos seus dias mais ousados.