A UTAO diz, hoje, que não tem meios para avaliar o custo de devolver anos de serviço a professores
Assuma-se de vez a incapacidade do Ministério da Educação em simular futuros encargos financeiros. Só se saberia o verdadeiro encargo financeiro com a recuperação total do tempo de serviço dos professores no mês seguinte aos pagamentos efectuados pelos serviços administrativos de cada escola ou amontoado de escolas. Por incrível que pareça, não há uma base de dados nacional dos processos individuais dos profissionais de educação actualizada em tempo real (como a do multibanco, da via verde ou até do ministério das finanças) que simule, à distância de um clique, qualquer recuperação de tempo se serviço.
O investimento bruto na recuperação total (quanto mais faseada) exigiria em finais de 2022 cerca de 300 milhões de euros e um aumento da massa salarial de cerca de 3% nos 3 anos seguintes. Mas como quem se reforma será substituído por professores em início de carreira (ou por um qualquer guardador de salas de aula ou ChatGPT), estima-se que a redução da massa salarial actual atinja uns 7%, ou mais, até ao final da década. São valores perfeitamente viáveis, mesmo para um orçamento do estado que desistiu de vez da escola pública.
O Público hoje diz assim:
"UTAO sem meios para avaliar custo de devolver anos de serviço a professores"