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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

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Porque falham as nações - post de 24.07.23

09.11.23, Paulo Prudêncio

Captura de ecrã 2023-07-24, às 18.03.26.png


O ensaio "Porque falham as nações", de Daron Acemoglu e James Robinson, conclui sobre a história universal dos últimos três milénios: as nações não falham por causa da geografia, da cultura ou da ignorância, mas pela incapacidade em transformar políticas, instituições e empresas extractivas (que acumulam a riqueza em "elites" e oligarquias) em inclusivas (que distribuem a riqueza e diminuem as desigualdades). E sublinha: só a consolidação do modelo inclusivo durante décadas é que se repercute positivamente no crescimento económico, nas empresas, na cultura e na escolarização.
O Congo, por exemplo, que tem abundantes riquezas naturais, permanece há séculos nos lugares cimeiros dos países pobres porque vive subjugado à extracção. Mobutu é o exemplo recente.
E é curioso: foram os portugueses que deram a conhecer a escrita aos congoleses, no século XVI, mas em pleno século XXI a nação de Camões e Pessoa ainda não erradicou a pobreza e a iletracia do seu território. O facto também se deve a "elites" extractivas. Foi assim com a escravatura, com o ouro, com as especiarias, com o colonialismo e com a recente crise de empresas parasitárias associadas ao sistema bancário.
A história desta empresa de telecomunicações (que chegou a ser uma das cinco com maior potencial no planeta) é um exemplo gritante de extracção. Já é o segundo pico de extracção no que levamos de milénio.