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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Trabalhador Como Conceito

01.05.21, Paulo Prudêncio

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"Por que será que se riem quando digo que trabalho muito?", interrogou-se o humorista. Compreendi-o. Fazer rir, como de resto acontecia com a maioria das actividades culturais, ficava aquém do conceito que considerava um banqueiro ou um facilitador de contactos o grau elevado do exercício profissional. O valor do trabalho restante media-se pela "possibilidade" de sobrevivência para baixo; era disso que riam.

Já não é assim. Algo mudou no conceito, mas tardam as reversões. 

Os professores, por exemplo, gozam de boa reputação nos inquéritos junto das populações, mas "irritam" o poder da última década e meia em Portugal. A mediatização bem se esforça pela sua descredibilização. Os professores incomodam e foram escolhidos; e não apenas por serem muitos. Tudo começou uns anos antes da chegada do tríptico de credores. Não é especulativo afirmar que estamos há anos a fio a registar quase diariamente essa degradação sem um qualquer sinal de reversão.

Imagem: Chicago, 1 de Maio de 1886