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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

“Só estamos a adiar o inevitável, o fecho das escolas”, diz epidemiologista Carmo Gomes

18.01.21, Paulo Prudêncio

"Só estamos a adiar o inevitável, o fecho das escolas”, diz epidemiologista Carmo Gomes. “Só estamos a adiar o inevitável, o fecho das escolas”, lamenta Manuel Carmo Gomes, epidemiologista e um dos especialistas que aconselha o Governo, que se confessa “desapontado” com as novas medidas de confinamento apresentadas esta segunda-feira pelo primeiro-ministro, até porque já tinha aconselhado na reunião do Infarmed que, por uma questão de precaução, se colocassem os alunos acima dos 12 anos em aulas à distância. O professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa revela que as estimativas da sua equipa apontam para cerca de 200 mortes e 14 mil novos casos de infecção no próximo domingo. E os cálculos, ainda provisórios para o período entre 9 e 11 de Fevereiro, apontam para 6100 doentes internados nos hospitais, 840 dos quais em unidades de cuidados intensivos.(...)"

Ao Postigo

18.01.21, Paulo Prudêncio

Nem me lembrava da expressão "comprar ao postigo"; confesso que nem sei se alguma vez terei ouvido tal factor pandémico. 

O Governo diz que os alunos contagiam-se mais fora da escola (afinal, contagiam-se) e diz que é com as escolas fechadas que aumentam os números de contagiados (para se perceber o contrário, olhe-se para os números de infectados sempre a subir no escalão 10-19 nos meses de Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 2020).

Recupero:

"Ouvi um especialista estupefacto por se ter dito que os números de infectados em Portugal sobem quando as escolas fecham. Confesso que também fiquei. No primeiro confinamento, o encerramento das escolas foi crucial. Na segunda vaga, e umas semanas depois da abertura do ano lectivo, iniciou-se a subida acentuada dos números. As pontes de Dezembro deram sinais na redução de casos positivos e na última semana do mês baixaram as contagens diárias. Os números do início de Janeiro foram cumulativos. É, portanto, ainda mais difícil tirar conclusões, como disse o PM para o argumentário que desenvolveu, uma vez que houve o Natal e a muito limitada passagem do ano. As escolas reabriram a 4 e já vamos a 15 (bem sabemos que é Natal quando um homem quiser, mas convém não exagerar). O que é certo, é que nas mortes e nos internamentos os números são inequívocos e constantes."

Ou seja, escolas e salas de aula numerosas são mais seguras; e nem uma palavra para os seus professores. Os médicos de Medicina Intensiva divergem:

"Fechar tudo: Ordem diz que “médicos já não conseguem salvar todas as vidas. Presidente do Colégio de Medicina Intensiva da Ordem dos Médicos, Artur Paiva, lança apelo ao Governo: as escolas, mesmo as com ensino abaixo dos 12 anos, devem fechar imediatamente. Ordem dos Médicos e o seu gabinete de crise para a covid-19 pedem confinamento semelhante ao de Março e Abril."