Trio
A ironia não podia ser mais assertiva: se não aprendem com Bolsonaro, insisto com Boris; se não é suficiente, receito o Trump.
É evidente que os efeitos políticos dos três casos são muito diferentes. Bolsonaro e Boris não estavam em campanha eleitoral; se estivessem, a ironia penalizaria a desumanidade e a demagogia. Aliás, o brasileiro deixou-se de fanfarronices e Boris está mais desacreditado e com a agravante de andar aos papéis com o Brexit. Veremos os efeitos nas próximas eleições. Já se perderam muitas vidas e este duo teve um comportamento negligente que foi, e é, trágico.
Trump está numa situação ainda pior devido à plena campanha eleitoral e ao enésimo comportamento inclassificável (até no debate tentou humilhar Biden por causa da máscara). Logo que recupere, o céu cair-lhe-á em cima e um qualquer regresso ao registo heróico ou negacionista cobrir-se-á de mais ridículo.