A Gestão das Escolas, dois meses depois
Faz esta semana dois meses que se leu o seguinte: "(...)O BE vai ser o terceiro grupo parlamentar a avançar com um projecto de lei de alteração ao actual regime de gestão das escolas, indicou ao PÚBLICO a deputada bloquista Joana Mortágua.(...)"
A "coligação parlamentar" que suporta o Governo foi peremptória: as escolas vão regressar ao ambiente democrático.
Todos os estudos conhecidos também concluem nesse sentido. É, tal o grau de reconhecida abrangência, uma decisão imperativa. Foi o Governo de Sócrates que legislou, em 2008, o actual desvario numa guerra que se destinava a "silenciar" os professores. Está tudo comprovado. Todos os partidos, com excepção do PSD (David Justino defende há muito o modelo vigente e enquanto ministro declarou que só não contratava pessoas como João Rendeiro, do BPP, para as escolas porque não tinha dinheiro para lhes pagar) e de socialistas próximos do Governo mentor, advogam mudanças. O parlamento prepara-se para mais uma discussão. É bom recordar que os programas eleitorais dos partidos que suportam o Governo requeriam uma mudança imediata.
Nota: há quem argumente que é preferível esperar pela municipalização em curso e, aí, mudar de vez. Não estou tão seguro disso. Tenho ideia que a maioria dos municípios prefere o que existe para se apropriar de vez da gestão das escolas. Claro que este assunto merece um desenvolvimento a que regressarei oportunamente.