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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

"É preciso acabar com o formato das aulas de 50 minutos"

10.07.18, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

É uma entrevista de 2017 e que começa assim: "Francisco Mora: É preciso acabar com o formato das aulas de 50 minutos". Especialista em Neuroeducação aposta na mudança de metodologias, mas pede cautela na aplicação da neurociência na educação. Mora argumenta que a educação pode ser transformada para tornar a aprendizagem mais eficaz, por exemplo, reduzindo o tempo das aulas para menos de 50 minutos para que os alunos sejam capazes de manter a atenção."

 

Há um universo de possibildades para inovar na escola actual. É necessário saber onde se quer chegar e depois mudar com critério e testagem.

 

Exemplo?

Repitamos:

Se terminamos com campainhas, não o fazemos de supetão. Começamos pelo início das aulas mantendo os toques que indicam o fim dos intervalos maiores, de seguida vamos às extremidades horárias e por ai fora. Se compete ao professor decidir pelo momento de intervalar aulas de 90 minutos (ou até encurtar ocasionalmente uma aula de 50 ou 45 minutos), escolhemos primeiro algumas disciplinas de anos iniciais de ciclo e vamos generalizando com a preocupação de manter o silêncio nos corredores. Se introduzimos telemóveis nas aulas, ou sofás como é moda nesta altura, usamos uma progressão disciplinar. Se queremos eliminar manuais e trabalhos de casa, introduzimos progressivamente versões digitais e asseguramos apoio ao estudo bem criterizado. Se acabamos com "aulas de substituição", responsabilizamos os alunos pelas escolhas "escolares" alternativas. Se precisamos de provas para avaliação externa, escolhemos os anos, mantemos o modelo durante anos e contrariamos as tentações internas de criar provas globais por disciplina e ano de forma a não condicionarmos a liberdade de aprender e ensinar e de procurar soluções que busquem a asserção fundamental: há poetas vivos.