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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

dos fanatismos e do "amor" às instituições

15.05.18, Paulo Prudêncio

 

 

 

A paixão pelo futebol assenta na incerteza do resultado associada à irracionalidade de se ser de um clube. Há toda uma emoção - com inúmeros exemplos saudáveis - que resvala para o fanatismo. O fanatismo, ou mesmo a parcialidade das análises, assemelha-se à política partidária. Quando alguém professa o seu amor incondicional, acima de qualquer outro amor ou do respeito por organizações congéneres (clubes, partidos ou outras organizações, mas também países ou cidades), esperam-se comportamentos radicais, disputas alienadas pelo poder e "justificações" para ilegalidades (muitas vezes violentas ou com a violência a aproveitar-se das circunstâncias) em nome do confessado amor. Esse discurso incendeia se for ampliado (como acontece com os média actuais). No futebol há uma agravante na irracionalidade: a vitória num campeonato "liberta" até de crimes; embora a política se aproxime desse estado doentio.

Do que acontece

15.05.18, Paulo Prudêncio

 

 

"(...)quem se limita ao que está a acontecer nem sequer compreende o que acontece (...)"  

A ideia foi escrita em 2011. Será que alguém compreende o que está acontecer em 2018? Daniel Innerarity (2011:49), em "O futuro e os seus inimigos", escreveria a mesma frase ou a imprevisibilidade (Trump, Coreias, Israel, Irão, Síria, Rússia, 4ª revolução industrial, alterações climáticas e por aí fora) é tão avassaladora que tudo pode acontecer e já nem se coloca a questão de quem se limita ao que está a acontecer?