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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

da fractura curricular e da Educação Física

14.04.18, Paulo Prudêncio

 

 

 

A estrutura curricular nos países menos desenvolvidos tem uma fractura comum: predominam as disciplinas nucleares e atribui-se um papel residual aos saberes do domínio das humanidades e das artes onde se pode incluir a educação física. Objectivamente, a ruptura verifica-se na carga horária. Disciplinas como a língua materna ou a matemática atingem, desde cedo, o dobro ou o triplo das horas semanais das restantes. Estas decisões carecem de fundamentação empírica e há quem advogue que acentua a desigualdade de oportunidades.

As últimas décadas em Portugal pareciam contrariar esse atraso civilizacional e os indicadores confirmavam os progressos. Com a chegada de Sócrates e Rodrigues, agudizada com a tragédia de Passos e Crato, a ideia de escola completa, que estrutura as sociedades para uma forte e maioritária classe média, ficou comprometida. A actual solução governativa optou (?) pelo quase imobilismo.

É também por isso que a média da educação física no sacrossanto acesso ao superior faz correr tanta tinta.