da dificuldade escolar
Os alunos que "querem aprender" nunca foram o problema escolar português. Quem beneficia da ambição escolar da família, e ainda de um bom estatuto sócio-económico, aprende em qualquer sistema. Nas últimas décadas, e como se comprova nos vários domínios profissionais, os portugueses que "querem aprender", e que percorreram o sistema português, integraram-se no denominado primeiro mundo.
O que é difícil é elevar os que "não querem aprender". Esse é o eterno problema português. Atenua-se quando diminui a pobreza.
E as escolas podem fazer algum coisa? Podem. Fazem, desde logo, as que são inclusivas (cabem todos) para alunos, professores e restantes profissionais: só se inclui em ambiente de inclusão e não de exclusão. Fazem, e também desde logo, aquelas que não nivelam os procedimentos pelos encarregados de educação dos que "não querem aprender" ou pelos "clientes" insensatos dos que "querem aprender"; e muito menos por "treinadores de bancada". O interesse dos alunos todos exige a supremacia dos princípios docimológicos e a aprendizagem de conhecimentos e atitudes, onde se inclui a autonomia e a responsabilidade. É um processo longo e com inúmeras variáveis. Exige tempo, requer uma atmosfera de confiança e é difícil; mas como alguém disse, o belo não é fácil.