Ter, ou não ter, uma carreira
"Ter uma carreira" tornou-se politicamente incorrecto na década de oitenta do século passado e as "novas políticas de gestão pública" aplicaram a precarização. "Ter uma carreira" foi menorizado através do "não há empregos para a vida". Há uma geração, hoje nos quarenta, que já duvida da bondade do conceito. Os da geração seguinte ainda aceitam e assumem a ideia até que a idade avance. E por que é que inscrevo gerações? Porque os que iniciaram a dúvida já intuíram que são descartáveis e substituíveis pelos mais jovens com argumentos financeiros ou de imagem. A precarização retira rede quando ela se torna imperativa. Para além do que foi dito, será grave que as administrações públicas continuem a perder carreiras que exigem histórico de saberes e maturidade nas decisões.
(Já usei esta argumentação noutros posts)