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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

E leu a carta toda

07.09.16, Paulo Prudêncio

 

 

 

"Querem ver que vai ler a carta toda". Levantou-se e saiu. Éramos uma dezena de espectadores e já estávamos reduzidos a metade ("A carta" do genial Manoel de Oliveira; um bom filme). Não aprecio comentários, mas este foi inesquecível. Uma freira recebeu uma carta no seu quarto do convento. Íamos com uns minutos num plano inamovível, a carta tinha umas quantas folhas e o saturado espectador tinha razão: leu a carta toda.

 

2ª edição. Reescrito.

 

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"Precisamos é de escolas normais para pessoas normais"

07.09.16, Paulo Prudêncio

 

 

 

"Precisamos é de escolas normais para pessoas normais". Ouvi e concordei. Precisamos de escolas com instalações decentes, com um número aceitável de alunos por turma, com uma organização desburocratizada, moderna, ambiciosa e virada para o futuro. Precisamos de escolas não titubeantes na afirmação da democracia. Precisamos de recuperar o respeito pelos profissionais da Educação.

 

Não precisamos da retórica da excelência e da qualidade. Não precisamos desses conjuntos vazios e de propaganda. Não precisamos de redes concelhias com escolas em concorrência. Dispensamos a arrogância. Dispensamos o egocentrismo escolar que nos devia envergonhar com tanto por fazer. Precisamos de outra gramática.

 

As escolas normais cooperam, pensam em conjunto as matrículas de alunos e não excluem; muito menos alunos da educação especial. As escolas normais são as escolas das democracias mais avançadas e com melhores resultados, desconhecem a competição deslocada e a publicação de rankings medíocres para concluir o óbvio. As escolas normais elevam o interesse público. Nos países normais, as pessoas são normais e os resultados democráticos.

 

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1ª edição em 26 de Maio de 2016