"Precisamos é de escolas normais para pessoas normais". Ouvi e concordei. Precisamos de escolas com instalações decentes, com um número aceitável de alunos por turma, com uma organização desburocratizada, moderna, ambiciosa e virada para o futuro. Precisamos de escolas não titubeantes na afirmação da democracia. Precisamos de recuperar o respeito pelos profissionais da Educação.
Não precisamos da retórica da excelência e da qualidade. Não precisamos desses conjuntos vazios e de propaganda. Não precisamos de redes concelhias com escolas em concorrência. Dispensamos a arrogância. Dispensamos o egocentrismo escolar que nos devia envergonhar com tanto por fazer. Precisamos de outra gramática.
As escolas normais cooperam, pensam em conjunto as matrículas de alunos e não excluem; muito menos alunos da educação especial. As escolas normais são as escolas das democracias mais avançadas e com melhores resultados, desconhecem a competição deslocada e a publicação de rankings medíocres para concluir o óbvio. As escolas normais elevam o interesse público. Nos países normais, as pessoas são normais e os resultados democráticos.
1ª edição em 26 de Maio de 2016