quebrando o arco
Algures em 2010, ouvia um grupo de amigos defensores da escola pública, e da democracia, a discutir em quem votar. No PS, obviamente e com razão, não podia ser. Tinha de ser à direita ou à esquerda dos socialistas. Percebia-se a inclinação à direita. O arco governativo era justamente diabolizado, mas o hábito sobrepunha-se. Alguém foi taxativo em jeito de aviso: será ainda pior. No caso dos professores, serão despedimentos em massa e precarização absoluta. Confirmou-se. A existência do TC, e de uma heróica luta em plena troika, impediu o desastre total. Quiseram as circunstâncias que se formasse um Governo que quebrasse o beatificado arco governativo: a gerigonça. Como logo se intuiu, a geringonça não nos atiraria de imediato para Marte. Já deu algumas provas e a escola pública testemunha-o. Temia-se o descontrole orçamental; mas pelos vistos, e com redução de impostos para pequenos empresários e reposição de salários e pensões, até "Bruxelas foi surpreendida pela "positiva" com a execução orçamental". Ou seja, a quebra do arco vai dando algumas lições e lamenta-se que o fenómeno não se tenha verificado com muitos anos de antecedência contrariando a "sábia" premonição dos DDT´s, e da bancocracia, que associava o fim do arco a uma desgraça financeira. Espantoso, realmente.