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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

sobe a tensão no assunto colégios "privados"

22.04.16

 

 

 

 

Que me recorde, é a primeira vez que os visitantes vindos do facebook ocupam o primeiro lugar nas audiências do blogue. Nos registos de ontem, e que se vêem na imagem, a origem nessa rede social superou mesmo os visitantes que entram no blogue como "self referring/bookmarker" ou através do google (que registaram os números habituais). O fenómeno tem uma explicação: os posts sobre os colégios "privados" suscitam muito interesse.

 

Captura de Tela 2016-04-22 às 18.04.42.png

 

Uma Universidade por semana?

20.04.16

 

 

A crítica ao eurocentrismo anuncia a "criação de uma universidade por semana numa China que olha para a Europa como um futuro museu". E parece que já não é apenas a China que atribui esse destino ao velho continente. 

 

Slavoj Zizek (2014:31), em "Problemas no paraíso", tem uma passagem que ajuda à reflexão: 

 

"(...)Portanto, encontramos, na Coreia do Sul, um desempenho económico de topo mas com um ritmo de trabalho de intensidade frenética; um paraíso de consumo desenfreado mas atravessado pelo inferno da solidão e do desespero; riqueza material abundante mas com a desertificação da paisagem; a imitação de tradições ancestrais mas a maior taxa de suicídio do mundo. Esta ambiguidade radical perturba a imagem da Coreia do Sul como derradeira história de sucesso da actualidade - sucesso, sim, mas que tipo de sucesso?(...)"

Eliminada a requalificação de professores

19.04.16

 

 

 

site da PR anuncia (15 de Abril de 2016) a promulgação da lei "que elimina a requalificação de docentes". A decisão justifica-se por "não existirem efeitos orçamentais relevantes”. Por muito que custe ao pessoal do Panamá Papers, a variável "existiu" por radicalismo ideológico "rosalino".

nem quero acreditar

18.04.16

 

 

 

Nem quero acreditar que a ideia do Despacho Normativo n.º 1-H/2016, quando refere “(...)a permanência destes alunos na turma em pelo menos 60% do tempo curricular(...)”, é "forçar" a inclusão. Ou seja: o legislador acha que os alunos, com educação especial, que frequentam as turmas regulares em menos de 60% do tempo o fazem porque a organização os exclui? Se assim acha, é um péssimo sinal.

Redução por idade é corporativismo?

18.04.16

 

 

 

Não é apenas consensual a necessidade de um programa especial de aposentações para professores. O que também já se percebeu, é que a profissionalidade docente exige reduções da componente lectiva com a idade. Esta segunda variável, assumida até durante a ditadura, foi "esquecida" na última década: redução máxima apenas aos 60 anos (no primeiro ciclo, e julgo que também no pré-escolar, a aposentação antecipada desapareceu), aumento da componente lectiva e a componente não lectiva recheada de inutilidades que acentuam o desgaste profissional.

 

Discordo das classificações de corporativismo baseadas nos excessos que ocorreram. Os excessos eliminam-se sem baixar o nível e estão associados a todas as profissões. O discurso ainda mais difícil de perceber tem origem em professores mais jovens que discordam que um professor acima dos 50 anos de idade (e aos 27 anos de serviço, como era o caso) leccione 14 aulas por semana e beneficie de redução da componente lectiva para o exercício de cargos. Acham que isto é corporativo e escrevem-no como um acto de coragem que fará sorrir a malta envolvida no Panamá Leaks. Mudarão de opinião quando a sua idade avançar e talvez nessa altura compreendam o número elevado de baixas médicas que se regista há anos a fio e entendam o clima de burnout que se generalizou numa classe profissional com uma elevada média etária.

o novo Governo e os alunos por turma

17.04.16

 

 

 

A imperativa redução de alunos num número significativo de turmas ainda está por legislar. Mas o novo Governo já despachou uma relação com a educação especial. O Despacho Normativo n.º 1-H/2016  diz que “(...)a redução de turmas prevista no número anterior [incluindo alunos com NEE] fica dependente do acompanhamento e permanência destes alunos na turma em pelo menos 60% do tempo curricular.(...)”. Ou seja: se os alunos com mais dificuldades frequentam menos tempo as turmas porque estão com problemas de inclusão, isso tem uma qualquer relação com a redução de turmas? É estranho.