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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

contas com ram

16.02.16, Paulo Prudêncio

 

 

 

Foi no "país de tanga" de Barroso (2002) que os funcionários públicos (700 mil na administração central) receberam a classificação "culpados pelo despesismo" com os professores (mais de 175 mil) na primeira linha por serem muitos. Em 2007, e estou à vontade para o recordar, Sócrates apresentava, quase com o mesmo número de professores, três indicadores: dívida de 67% do PIB, défice inferior a 3% (2.8% ou menos em cumprimento das regras europeias) e um crescimento de 2,3 ou 2,4%.

 

Em 2016, os três indicadores dizem o seguinte: o défice chegou aos 11% e só um brutal aumento de impostos conseguiu uma redução que ainda não atingiu o número de 2007, o crescimento tem sido em modo de recessão e no ano mais elevado o resultado é inferior a dois. A dívida duplicou e chegou a 130% do PIB.

 

E o que é que aconteceu aos professores e à escola pública? Um corte a eito de 30 a 40% dos professores (mais de 50 mil) e oito anos sem progressões na carreira. Mais? Nos últimos quatro anos, cada professor teve um corte líquido no salário que em muitos casos chegou aos 400 euros mensais. Encerraram mais de 4000 escolas.

 

Impressionante. Os fundamentalistas do "país da tanga" ligavam-se ao sistema financeiro (nomeadamente garantias ao sector bancário e empresas públicas) "que já consumiu em oito anos" o equivalente a cinco anos sem alunos, professores, e outros profissionais, e escolas. Leu bem: no mínimo, um encerramento absoluto do sistema escolar durante meia década. E os da "tanga" ainda queriam, como na imagem, que os professores tivessem sido uma espécie de rebanho em forma de ram?

 

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