das administrações públicas e das multinacionais
Quando falamos de cortes a eito nas pessoas, podíamos acrescentar que é ainda mais grave nas administrações públicas porque há muito que não produzem alfinetes como se leu no exemplo de Adam Smith. São inúmeros os exemplos de multinacionais que entraram em espiral recessiva com os cortes a eito nas pessoas. Nas administrações públicas é ainda pior pois alastra-se à economia.
Uma multinacional financia-se nos mercados, procura paraísos fiscais e obedece aos desejos lucrativos dos accionistas. Para isso, tem uma desequilibrada relação entre receitas e despesas que tem que ser favorável à primeira coluna da folha de cálculo: as receitas. Se os lucros baixam, o financiamento exige juros mais elevados e a solução é cortar nas despesas ou aumentar a produção. Em regra, cortar a eito nas pessoas é o que está mais à mão.
Se substituir multinacional por administração pública terá um retrato do que se passou em Portugal.