Em Portugal legisla-se muito e mal e o sistema escolar evidencia-se por causa da desconfiança nos professores. Não há país do euro que avalie, e pegando num exemplo muito caro aos justiceiros lusitanos, o exercício dos professores com pontos e quotas. Na maioria, nem sequer há avaliação. Existem, numa minoria, inspecções que validam o exercício. Por cá continua em vigor um desmiolo que vive em silêncio porque as carreiras congelaram.
Para além disso, qualquer exercício de sensatez levaria as mãos à cabeça com a incompetência do legislador e com as horas dedicadas à farsa. É um bom exemplo de improdutividade: a bancarrota não é apenas por culpa externa. Ainda há tempos ouvi o ex-presidente do Tribunal de Contas sublinhar a falta de qualidade e o excesso de produção de leis como os factores que mais nos penalizam. Há anos que o discurso se repete, e pela voz das mais variadas figuras, e o que de significativo acontece é o aumento de procedimentos para obter a mesma, e muitas vezes inútil, informação.