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Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

Correntes

da pedagogia e em busca do pensamento livre

a abstenção subiu?

05.10.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

 

A descida da abstenção era uma impressão positiva das eleições de ontem; afinal subiu. Bem sei que em Portugal parecemos uns 100 milhões de pessoas tal o número de quadros de divisão administrativa (mais de cinquenta) e de concelhos. Nunca sabemos exactamente quantos somos e dominamos os "truques" com números orçamentais. Mas não somos os únicos e já lá vamos a isso. Parece que os cadernos eleitorais demoram uma década a absorver actualizações e há os tais recentes emigrantes que não votaram por causa da burocracia; este último dado é estranho tal a nossa modernidade no assunto. Enfim: se calhar a abstenção não subiu e a democracia lá se aguenta. Os resultados das eleições é que estão confusos e tenho lido muita indignação porque os eleitores votaram na frente de direita. Sou um democrata, cada eleitor um voto e ponto final. Mas quando leio o financeiro alemão a afirmar que "isto mostra que uma política pode ter sucesso, e ser apoiada por uma maioria, mesmo que imponha medidas duras à população" percebo quem se recorda, com algum exagero, concordo, da tal síndrome de Estocolmo (vítimas que acabam a apreciar os malfeitores quando o pesadelo é longo). Será que o alemão (os que defendem que a Alemanha não resiste às tentações hegemónicas acham que Wolfgang Schäuble é um expoente) começa a vacilar porque também é viciado em truques numéricos e palas ideológicas? A história lá se encarregará.

portas iliba cavaco?

05.10.15, Paulo Prudêncio

 

 

 

"E amanhã vão todos trabalhar porque foi para isso que votaram em nós", foi mais ou menos assim que Portas terminou ontem o discurso de vitória. Para além de impressionar a desfaçatez Para além de impressionar a desfaçatez e a habitual infantilização do outro, pode ser que haja algum recado a Cavaco Silva que decidiu faltar ao trabalho no dia da República que lhe permite ocupar o cargo. A não ser que o "vale tudo" de Portas considere a reflexão como actividade laboral.